Finanças para autônomos: 7 dicas essenciais para se organizar melhor
- carolinacardim
- 22 de jul. de 2021
- 5 min de leitura
Aprender finanças para autônomos deveria ser um elemento essencial antes de qualquer empreendedor abrir um negócio.
Assim, quem sabe, o índice de empresas que fecham nos primeiros cinco anos de abertura fosse um pouco menor. Contudo, infelizmente, esse não é o caso e milhares de empreendedores abrem seus negócios sem a mínima noção de como fazer a gestão financeira da empresa.
Por isso, trouxemos 7 dicas de finanças para autônomos para te ajudar! Continue lendo esse artigo para conferir!

1 - Separe o dinheiro pessoal do empresarial
A partir do momento que você decide virar um autônomo, passam a existir duas pessoas:
Você (empresa) — a pessoa jurídica.
Você (colaborador) — a pessoa física.
Ou seja, você precisa separar o dinheiro da empresa do seu pessoal.
Essa é a recomendação nº1 de finanças para autônomos, mas, mesmo assim, é comum encontrar empreendedores que cometem esse erro.
Existem diversos problemas em misturar os capitais, como:
Não saber a real situação financeira da empresa;
Não ter controle de caixa;
Confusão na hora de declarar os impostos;
Dificuldade em estipular metas;
entre diversos outros.
Portanto, se você ainda não possui contas bancárias separadas, busque criar uma conta PJ urgentemente.
Estipule um pró-labore
Uma boa prática para evitar misturar o capital empresarial e pessoal é estipulando um valor de pró-labore.
Caso você não saiba, pró-labore é como se fosse um salário mensal o qual o empreendedor se paga por cumprir suas funções na empresa.
Sendo assim, você vai estipular um valor fixo mensal para receber e arcar com os seus custos pessoais e o resto fica no caixa da empresa.
2 - Controle as entradas e saídas
É importante registrar todo o fluxo financeiro do seu negócio, pois isso vai te ajudar a controlar as finanças de uma maneira mais eficiente.
Basicamente, as entradas são todos os seus recebimentos e as saídas são todos os gastos — e ter isso registrado permite que, por exemplo, você perceba que as contas não estão fechando e o negócio está dando prejuízo.
Assim, mantenha uma boa planilha, software ou até mesmo faça a moda antiga com o papel e a caneta, mas não deixe de ter o controle das finanças do seu negócio.
3 - Entenda as métricas de finanças para autônomos
É essencial entender para qual caminho a sua empresa está indo, saber se o retorno dos seus investimentos foi bom, perceber o porquê que o faturamento mensal caiu e buscar uma estratégia…
Enfim, uma empresa de verdade precisa de dados para conseguir tomar decisões estratégicas.
Nesse sentido, é bom conhecer alguns indicadores financeiros que podem te ajudar. Confira:
Receita bruta x Receita líquida
Primeiro, vamos entender os conceitos:
Receita bruta: valor total da venda de produtos ou serviços em um determinado período.
Receita líquida: valor da receita bruta menos impostos destacados na nota fiscal e os descontos comerciais.
Esse dado ajuda o autônomo a saber:
Quanto sua empresa está recebendo por mês;
Quanto está ficando retido em impostos;
Diferença entre a receita entre um mês e outro.
Custo variável x Despesa Fixa
O controle dos custos é um dos fatores mais importantes para definir o sucesso do empreendimento.
Nesse caso, existem dois elementos que você precisa ficar de olho:
Custo variável: são despesas que tendem a sofrer mais variação de acordo com o nível de atividade.
Despesa fixa: são despesas menos sujeitas a variações conforme o volume de vendas, como o valor da internet, por exemplo.
O ideal é sempre buscar formas de reduzir esses dois custos — principalmente o variável — e manter o controle para saber se a empresa não está pagando para ficar aberta.
Lucratividade
O foco de todo negócio é o lucro — e por isso você deve ficar de olho nessa métrica.
Ela indica o quanto sua empresa ganhou em comparação a quanto recebeu. Por exemplo, você vendeu um produto a R$5.000 em um mês, mas seu lucro líquido foi de R$4.000, portanto, você obteve uma lucratividade de 80% — a cada R$10, o lucro foi de R$8.
A fórmula é a seguinte: Lucratividade (%) = (Lucro líquido / Receita bruta) x 100
Esse cálculo é efetuado mais em empresas maiores, mas também pode ser encaixado em finanças para autônomos, pois contribui para saber se está valendo a pena ou não manter o negócio.
Essas são algumas, mas confira esse artigo para saber mais: Indicadores de desempenho financeiro para pequena e média empresa (KPIs)
4 - Tenha o capital de giro
Nas finanças para autônomos, o capital de giro é valor necessário para o negócio continuar funcionando mesmo em períodos de baixa.
Por exemplo, você trabalha prestando serviços como um designer.
De repente, surge um período de baixa e você tem dificuldade em conseguir clientes durante um mês. Quanto você teria disponível para continuar funcionando?
Esse é um dos recursos mais importantes que um empreendedor pode ter, pois impede a inadimplência empresarial.
Seu cálculo é feito da seguinte forma: Capital de Giro = Ativos Circulantes (o capital que a empresa tem disponível em banco e contas a receber de clientes) - Passivos Circulante (os compromissos financeiros da empresa). Considere o período de 30 dias.
5 - Faça a reserva de emergência da empresa
Essa dica de finanças está diretamente associada à anterior e é primordial.
Vamos imaginar que você tenha uma loja de roupas de pequeno porte e ela é roubada. Levam todas suas mercadorias, computador e até o cabide…
Você teria como repor?
A reserva de emergência serve para esses momentos inesperados, mas que acontecem até com bastante frequência.
Inclusive, você, como autônomo, precisa ter a sua reserva de emergência e a da empresa porque se você sofresse um acidente hoje (Deus o livre) e ficasse incapaz de trabalhar, você teria dinheiro o suficiente para ficar três meses sem tocar no caixa da empresa?
Se a sua resposta for não, comece uma estratégia para construir a sua reserva de emergência e a do seu negócio — em geral, equivale de 3 a 6 vezes o valor de sua despesa fixa mensal.
6 - Invista na empresa
Sempre foque em investir na sua empresa.
Melhore o atendimento, contrate mais pessoas, compre equipamentos mais potentes… esse é o melhor investimento que você pode fazer.
Entenda que você não é apenas um autônomo. Você está construindo um negócio.
7 - Pense no longo prazo
Outro elemento importante das finanças para autônomos é o pensamento no longo prazo.
Não apenas relacionado aos investimentos e dedicação, como também ao seu futuro.
Uma pessoa CLT possui garantia do FGTS e paga a aposentadoria todo mês, mas o empreendedor precisa fazer essa parte sozinho, portanto, procure uma boa aposentadoria privada, bem como contribuir para o FGTS que, com certeza, você vai agradecer mais tarde.
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